segunda-feira, 22 de outubro de 2012

100 anos da Guerra do Contestado


No dia de hoje, 22/10, teve início há 100 anos um dos maiores, mais sangrentos e mais duradouros (1912-1916) conflitos por terra do Brasil, a Guerra do Contestado. Ocorrido em uma área disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina, o movimento social dos caboclos do Planalto Catarinense ainda é pouco conhecido do grande público.
Motivado pela não conformidade com as políticas do início da República, um povo mestiço e humilde se revoltou contra o sistema e criou suas próprias leis e cidades santas, como eram chamados seus acampamentos.
Diante do estudo do movimento, daqueles que se alto denominavam PELADOS, poderíamos até dizer que sofriam de forte influência dos ideais Marxistas que afloravam em todo o mundo.  Porém, o isolamento que eles viviam talvez não permitissem tamanha erudição para motivação do levante.
Também foi esse isolamento que permitiu que essa movimentação tomasse maiores proporções. O que acontecia naquela região extratora de erva-mate, que era rasgada pelos interesses de uma ferrovia concedida aos mesmos exploradores que construíram a linha férrea Madeira Mamoré, no Norte do Brasil, demorou a chamar a atenção da capital do país.
O medo de um novo Canudos, diante do messianismo que também cercava esses revoltosos, demorou a despertar a preocupação das autoridades nacionais, porém já estremeciam os poderes locais, imprimindo derrotas consideráveis.
A mídia foi um dos grandes culpados pela distorção dos ideais dessa gente, que queria viver em sua terra e dela tirar seu sustento, sem precisar se submeter a interesses de poderosos internacionais ou dos coronéis da região e posso dizer que até hoje não trata com a devida importância.
Discriminados e escondidos, somente a partir da década de 1980, os valores foram invertidos e de marginais se tornaram símbolo do heroísmo e da luta do povo catarinense.
Nos seis anos que vivi e trabalhei como jornalista em Santa Catarina pude perceber como o assunto não era de domínio geral. Somente quem era da área de história ou mesmo oriundo daquela região sabia versar sobre o assunto. Ouvi de muitas pessoas, inclusive, uma confusão em relação a outro movimento sulista, a Revolução Farroupilha. Entretanto, também pude perceber que hoje o tema é um dos pilares do Turismo na região e por isso que sempre me pergunto: o que foi mais forte no imaginário do povo sobre a Guerra do Contestado? A história propriamente dita, levantada pelos estudiosos que valorizam as questões sociais que envolveram a guerra? Ou a imagem fantasiada que é a prova da coragem de um povo, como preferiram propagar alguns grupos? Vale a reflexão e a busca de todos por conhecer mais sobre essa guerra.  

sábado, 21 de julho de 2012

Cidade Maravilhosa


Praia do Flamengo - Rio de Janeiro by Erbs Jr.

Depois de um período de adaptação, já se passaram sete meses do meu retorno ao Rio de Janeiro. Hoje estou mais integrado do que nunca. Claro que ainda estranho algumas coisas  da "cidade maravilha purgatório da beleza e do caos", mas estou muito feliz de estar aqui.
Esse blog ficou de lado e já insinuei diversas vezes que iria tirá-lo do ar, porém apesar de ter escrito pelo menos uns três textos de encerramento, acho que ainda não tive coragem, justamente, porque não defini qual será minha próxima investida blogueira textual. Digo textual porque meu blog de fotografia já está no ar e servindo para divulgar meus trabalhos de fotojornalismo.
Há grandes chances de eu escrever sobre jornalismo de interior, regional ou alternativo, como alguns preferem tratar, mas como sou exigente com o que me proponho a fazer, ainda estudo essa possibilidade. No mais, além das fotos para Frame Photo, o trabalho de marketing que faço para a Romanzza Planejados, volta e meia faço uns freela de texto para o jornal Capital: Mercado e Negócios, de Duque de Caxias e também já fiz trabalhos para o jornal O Foco, de Itaguaí, seguindo assim minha trajetória nos jornais de interior, que foi onde estabeleci minha carreira.
Mas deixando o lado profissional de lado e voltando a falar do que sempre foi o propósito deste blog, comparar e enaltecer as belezas do Rio de Janeiro, posso dizer que por mais belos que alguns lugares que passei em Santa Catarina sejam, não se comparam a certas paisagens do Rio de Janeiro. Uma delas é a vista do Pão de Açuçar da Praia do Flamengo.
Por isso, quem é de fora e nunca se deslumbrou com tamanha beleza, desfrute um pouquinho dessa minha foto. Quem é daqui celebre ainda mais, pois não é para qualquer um poder viver na cidade que é patrimônio imaterial da humanidade por seu contraste do natural com o urbano.       

quinta-feira, 1 de março de 2012

Parabéns Rio de Janeiro



Nesses seis anos de Santa Catarina aprendi muito a dar valor à minha terra e sua cultura. Sempre defendi que primeiro devemos conhecer nossa história estabelecendo uma hierarquia, partindo do município para federação. A partir daí, seguimos para o conhecimento geral de outras nações.
Muitos Cariocas saem da escola sem sequer saber quem foi Estácio de Sá, onde fica o monumento em sua homenagem ou onde estão seus restos mortais. Lamentavelmente num mundo globalizado, o todo é mais importante e relevante que o local.  
Após viver em municípios menores, percebi que mesmo me considerando um Carioca nato e culto diante das memórias dessa terra, faltava-me muito civismo. Bandeiras e brasões me eram familiares, já o hino confesso que nunca ouvi.
Em Gaspar, cidade que vivi mais tempo, decorei a letra por fazer cobertura jornalística em diversas solenidades e me peguei muitas vezes cantarolando os versos do hino da cidade: “Entre montanhas tu estás cidade amiga...”.
Sempre gostei muito de hinos e acho emocionante ver o quanto as pessoas cantam com fervor. Questionava-me: - Se o Carioca canta com tanto orgulho a música “Cidade Maravilhosa”, uma espécie de hino não oficial, por que não entoa de peito estufado o hino da cidade?
Voltei para o Rio de Janeiro no final de 2011 e confesso que ainda não busquei desconstruir essa minha falta de civismo, mas com a promessa de que nesse aniversário de 447 anos pretendo aprender. Em breve!
Enquanto isso não acontece, fico cantarolando a música que mais veio à minha cabeça nesses anos que vivi fora da gema: “Samba de avião”, do nosso maestro Tom Jobim.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Um bom filho à casa torna

Momento que eu e o Fabrício encontramos a Larissa na
arquibancada de São Januário

O retorno ao Rio de Janeiro e a curtição tem sido gradativa. Com uma série de coisas para resolver relacionada a minha volta, a diversão tem ficado em segundo plano. Porém,  na quarta-feira passada não me contive ao convite dos amigos, Fabrício e Marquinho, para acompanhar ao vivo em São Januário a estreia do Vasco na Libertadores da América 2012, contra o Nacional do Uruguai.
Todos sabem da minha paixão por futebol e quem me conheceu em Santa Catarina sabe que isso era uma das coisa que mais sentia falta durante os seis anos que morei no estado.
Na minha trajetória como jornalista em Santa Catarina pude acompanhar campeonatos profissionais e amadores. Cobri Campeonatos Catarinense, a final da Copa do Brasil entre Figueirense e Fluminense, Brasileiros da Séries A e B e muito futebol amador nas cidades de Gaspar e Pomerode.
Pensei que estando longe fosse ficar menos fanático, mas ver o Metropolitano de Blumenau e o Marcílio Dias de Itajaí, nunca conseguiu suprir a falta que o futebol Carioca me fazia. 

Em Florianópolis vi alguns jogos do Vasco, mas ainda sim faltava muito tempero. O primeiro foi Figueirense e Vasco, em 2006. Depois fui em 2007 e 2011. Na Ressacada vi Avaí e Vasco, em 2010 e 2011 e também assisti a Copa Hora de Santa Catarina contra o Grêmio, também em 2010.
Nesses seis anos vim algumas vezes ao Rio e sempre que dava corria para São Januário ou para o Maracanã, que na época ainda estava funcionando. Por falar em Maior do Mundo, o último jogo que vi nele foi Vasco e Flamengo pelo Brasileiro de 2008. 

Sei que ainda vou ter que esperar para ver o Maraca reaberto, mas São Januário dá conta do recado. Também quero em breve ver um jogo no Engenhão, que ainda não tive oportunidade de conhecer. Mas morando aqui não me faltará tempo. 
Na quarta-feira, sei que não saí muito feliz do estádio ( o jogo foi 2 a 1 para os uruguaios), mas aquele clima de arredores antes do jogo tive a sensação o quanto essa terra é unica e incomparável e o quanto senti falta disso tudo.         
    

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Na Gema (Continuação)

A dupla imbatível mate com limão
e biscoito Globo by Carlos Erbs Jr.

No final de 2011 fiz um post sobre minha vinda ao Rio de Janeiro para passar o Natal e o Réveillon. Anunciei um pouco do roteiro previsto. Entretanto, pouco do que previ consegui fazer. Um dos motivos foi a correria desta época. Porém, algo mais importante fez com que eu não tivesse a sangria desatada de sempre de querer ir a todos os lugares que eu gosto em apenas 10 dias.
Após seis anos de Santa Catarina, morando em Blumenau, Gaspar, Balneário Camboriú e Pomerode, retornei a minha Cidade Maravilhosa para viver. Por isso, terei tempo de sobra de matar as saudades dos muitos lugares que citei neste blog e aproveitar a vida como um bom Carioca da Gema que sou.
Mesmo assim em um quesito eu não perdi tempo, a comida. Todos sabem que sou adepto da GPB, Gastronomia Popular Brasileira, e peguei pesado neste meu retorno.
Já no primeiro dia não resisti a uma carrocinha vendendo churrasquinho de "gato" e acompanhado de uma Itaipava geladíssima, devorei o "filé miau".
Depois parti pro joelho no "China", açaí na Bibi, que já é um nível melhor, e, enfim cheguei as guloseimas tradicionais da praia Carioca.
Queijinho coalho abriu os serviços, que foram concluídos com a dupla dinâmica: mate com limão de galão e biscoito "Grobo" sal e doce. Perfeito, né? Não. Tudo que tá bom pode ficar ainda melhor depois da praia. Uma paradinha no Braseiro, no Baixo Gávea, e um chopinho com linguicinha, encerrou o dia antes do tradicional Réveillon em Copacabana.
Ah! Para quem achou que eu esqueci do Chic's na Rua dos Andradas, no Centro, com o tradicional pastel com laranjada, não esqueci não. Bati meu ponto lá e pedi um pastel de bacalhau.
De barriga cheia penso melhor na programação de janeiro e no novo blog, que devo fazer em breve, já que agora não estou mais Fora da Gema e sim, mais dentro do que nunca.    

       
    

     

                  
    

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Na Gema

Posto 9 e clássico com direito a goleada

Na próxima quarta-feira, 21/12, chegarei ao Rio de Janeiro para passar o Natal e Reveillon.Como não vou à Cidade Maravilhosa há dois anos é hora de aproveitar bastante. Posto 9, Lapa e Salgueiro são alguns dos lugares que marcarei presença. Quem sabe um BG, na segunda-feira. Quem quiser chegar junto, estou na área. Se derrubar é penâlti.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sempre Curitiba

MON - Um dos locais que aconteceu a
VI Maratona Fotográfica de Curitiba by Carlos Erbs Jr.

Há mais de cinco anos vivendo em Santa Catarina, tive duas oportunidades de visitar o estado vizinho, Paraná. O destino sempre a capital, Curitiba, que sempre gostei muito. Com bares interessantes, vida cultural ativa e seus belos parques a capital paranaense é uma boa pedida para quem quer abrir a mente e curtir um bom fim de semana.
Minha última passagem foi, no fim de semana passado, durante a VI Maratona Fotográfica de Curitiba, organizada pela Portfólio Escola de Fotografia e que homenageou o gênio das cores Walter Firmo.
Participei de workshops, palestras e bate-papos com grandes fotógrafos brasileiros. Uma grande aula desta arte que cada vez fico mais familiarizado. Como o objetivo deste blog é falar de lugares interessantes de se conhecer fora do Rio de Janeiro, recomendo o Museu Oscar Niemeyer (MON) ou Museu do Olho, como alguns chamam. Em frente tem o Basset Lanches que serve uns sanduíches maneiros e à noite fica lotado com fila na porta para quem quer tomar uma boa gelada.
No mais, Curitiba é cheia de lugares interessantes, como o Parque Tangá, Jardim Botânico e os bares do Batel.


Reflexos I by Carlos Erbs Jr.

Apresentação do trabalho de Nego Miranda em Cuba
by Carlos Erbs Jr.

MON à noite by Carlos Erbs Jr.

Reflexos II

Exposição no Basset Lanches by Carlos Erbs Jr.

Reflexos III by Carlos Erbs Jr.

Walter Firmo by Carlos Erbs Jr.

Workshop com Eustáquio Neves by Carlos Erbs Jr. 

Meio e mensagem  by Carlos Erbs Jr.  


Entre monstros: Nego Miranda, Walter Firmo (Homenageado),
eu e Cássio Vasconcellos (O monstro)